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13/05/2019    736 visualizações

Reencontros evidenciam o trabalho da PCMG e casos são relembrados em homenagem às Mães

Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) tem se destacado promovendo reencontros entre familiares, sempre carregados de muita emoção, atividade que já faz parte da rotina da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD). Encontros entre mães e filhos são os mais comuns e mais comoventes.

Embora a DRPD seja uma unidade especializada em desaparecimentos, promover esses reencontros não fazem parte das suas atribuições, apesar das semelhanças entre os temas.
O desaparecimento ocorre quando há uma quebra na rotina do ausente, sem motivação aparente. Diferente dos desencontros, quando as vidas das pessoas tomam rumos distintos e elas perdem contato entre si, com motivação aparente.

A Delegada Maria Alice Faria, Chefe da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, explica que “essa não é a atribuição da Divisão, mas fazemos esse trabalho social para auxiliar as pessoas nesses reencontros familiares. É uma satisfação e uma alegria muito grande prestarmos esse serviço”, ressalta.

Ato de fé
 
Quando o padre Pier Luigi Bernareggi, pároco solidário da Paróquia de Todos os Santos, procurou a DRPD, tinha fé em encontrar a mãe biológica de Manuela Maria Michelini. Manuela tem 32 anos e vive com os pais adotivos, Lívio e Anna Michelini, na Itália.
Em junho de 2017, o padre Bernareggi visitou o casal italiano, Lívio e Anna, que viveu no Brasil nos anos de 1980/90 e aqui adotou uma criança, Manuela Michellini. Manuela, hoje casada e com filhos, manifestou ao padre o desejo de conhecer a mãe biológica, Ilma Vitorina da Silva. Ao retornar ao Brasil, o padre solicitou o apoio da Polícia Civil para promover o reencontro.

Após contato da DRPD, Ilma Vitorina, muito emocionada, aceitou o reencontro com a filha biológica, 30 anos depois. As duas, mãe e filha, já estão se falando por telefone e que Manuela virá ao Brasil em dezembro, com os filhos, para se conhecerem. "Fiquei muito emocionada com a novidade, principalmente porque já vou encontrar minha filha em dezembro. E ainda conhecer os netos. No fundo, sempre tive uma esperança de reencontrar a Manuela. A Polícia Civil me ajudou muito. Sou muito grata pelo que fizeram", vibra Ilma com a notícia do reencontro.

Saiu para trabalhar
 
Maria do Rozário, 61 anos, é mãe de Jordeli dos Santos, de 38 anos, e não o via desde 1997. Ele saíra de casa, em Conceição do Mato Dentro, para trabalhar em Lagoa Santa, e nunca mais fez contato.
A  equipe policial da DRPD conseguiu contato com Jordeli, em Itapevi, Estado de São Paulo, por carta. Ele, prontamente, procurou a mãe. Ela, feliz e aliviada, agradeceu o empenho da Polícia Civil em proporcionar notícias do filho após 23 anos.
“Na hora que recebi a carta da Polícia Civil tomei um susto, mas imediatamente entrei em contato com minha mãe e minhas tias. Agora nos falamos todos os dias e já combinamos de encontrar, assim que tiver uma folguinha no trabalho. Agradeço de coração à Polícia Civil. Vai ser muito bom rever minha mãezinha depois de 23 anos”, conta Jordeli.

Irmãos reencontram a mãe

Em março, após 30 anos, Dicileia, o irmão Edivânio e a mãe Dailza deles se encontraram em Campinas/SP
 
Dicileia Mendes Martins, 33 anos, procurava pela mãe, Dailza Mendes Fonseca, de 53 anos. Dailza saíra de casa quando a filha tinha três anos, deixando, com o pai, a filha Dicileia e o filho recém-nascido, Edivânio Mendes Martins, hoje com 31 anos.

A DRPD apurou as informações sobre o paradeiro de Dailza e a encontrou vivendo em Campinas, São Paulo. Em março, após 30 anos, Dicileia, o irmão Edivânio e a mãe Dailza se reencontraram. “A Polícia Civil mudou minha vida. Passei 30 anos sem conhecer o rosto da minha mãe. Não tenho nem palavras. Isso é muito importante para minha família”, comentou Dicileia emocionada.