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09/11/2018    808 visualizações

Polícia Civil soluciona Caso Marta Soares

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD), prendeu em flagrante Alexandre da Rocha Salgueiro, 45 anos, pelo crime de ocultação de cadáver, no caso do desaparecimento de Marta Soares da Fonseca, de 41 anos. Segundo a Delegada responsável pela investigação, Maria Alice Faria, o indivíduo confessou ter matado Marta por sufocamento, queimando seu corpo e o enterrando, no município de Contagem.

No dia 18 de setembro, os filhos de Marta registraram o seu desaparecimento em Belo Horizonte. Logo em seguida, a PCMG iniciou as investigações para a elucidação do caso, o que levou à análise das imagens do circuito interno do Terminal Rodoviário de Belo Horizonte. As imagens, amplamente divulgadas pela mídia, mostraram Marta Soares sendo abordada pelo indiciado quando descia de um ônibus, oriundo do município de Serra (ES). Os dois permaneceram juntos a partir do desembarque até o momento em que foram filmados saindo do terminal.

Com a identificação do suspeito, os investigadores foram às buscas e o localizaram na cidade de Betim, sendo levado à Delegacia de Localização de Pessoa Desaparecida, para ser interrogado. À Polícia ele informou que, inicialmente, havia apenas roubado a vítima, mas, no decorrer do interrogatório, acabou confessando o assassinato de Marta e informando que havia enterrado o corpo numa região de difícil acesso no município de Contagem.

No dia 10 de outubro, foi decretada a prisão temporária do suspeito. A equipe de investigação se deslocou, então, até o local informado pelo suspeito, sendo encontradas partes de um corpo queimado e enterrado. No dia 11 de outubro, Alexandre foi preso em flagrante delito por ocultação de cadáver.

Dinâmica do crime

Segundo as investigações, suspeito e vítima saíram juntos do Terminal Rodoviário e seguiram até um lugar ermo, na região do Ceasa. Após desentendimento, Alexandre da Rocha Salgueiro teria asfixiado Marta e coberto seu corpo com madeiras.

No dia seguinte, após o crime, o suspeito teria voltado ao local e, percebendo o estado avançado de decomposição do corpo, jogou gasolina e ateou fogo. Após a combustão, o indiciado teria então recolhido os restos mortais em uma caixa e os transportado para onde foi enterrado.  

A Polícia Civil recolheu os restos mortais e os encaminhou para o Instituto Médico Legal para a elaboração de laudo antropológico. O suspeito encontra-se atualmente no Presídio de Ribeirão das Neves, à disposição da Justiça, na Comarca de Contagem. A pena prevista é de mais de 30 anos, pelos crimes de homicídio, roubo e ocultação de cadáver.