07/12/2018    1857 visualizações

POLÍCIA CIVIL DESVENDA DESAPARECIMENTO E MORTE DE ADOLESCENTE

Suspeito teria estuprado a jovem antes de matá-la e, na fuga, cometido outro estupro

 

No dia 19 de março, foi registrado o desaparecimento da adolescente na Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida (DRPD). Imediatamente, iniciaram-se as investigações para apuração do caso. A suspeita era de que a jovem tinha sido vítima de ação criminosa. Maria Gabriela, de perfil tranquilo, foi raptada por Daniel quando seguia uma trilha, em direção a um curso de inglês.

Os restos mortais de Maria Gabriela foram localizados no dia 12 de outubro, com auxílio do canil do Corpo de Bombeiros Militar, em uma mata no bairro Ribeiro de Abreu. A Polícia acredita que Daniel estava vivendo em uma tenda, montada em meio à mata local. Ele era foragido da Justiça, visto constar dois mandados de prisão expedido contra ele pelo crime de roubo.

Durante as investigações, a equipe policial localizou o celular de Maria Gabriela, elemento determinante para identificar Daniel.  Após o crime, o investigado fugiu para o Sul de Minas. Ele foi preso por mandado de prisão preventiva no dia 20 de agosto, em Alpinópolis. Ele também é suspeito de cometer outro crime de estupro naquela cidade. Daniel foi detido em posse de duas armas de fogo, de fabricação caseira. A Polícia acredita que uma delas tenha sido usada na morte de Maria Gabriela.

O Chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Delegado-Geral Rodrigo Bossi, ressaltou a necessidade de divulgação do rosto do suspeito a fim de que outras possíveis vítimas possam denunciá-lo. Bossi destacou que as denúncias podem ser realizadas diretamente na Divisão de Desaparecidos, pelo telefone da Unidade policial 0800 2828 197, ou mesmo pelo Disque Denúncia 181, garantindo o anonimato.

A Delegada Maria Alice Faria conta que a Polícia desvendou o crime antes de localizar a ossada de Maria Gabriela. A partir das informações levantadas, foi empreendido um esforço conjunto da Polícia Civil com o Corpo de Bombeiros Militar para encontrar os restos mortais de Maria Gabriela.

Laudos do Instituto Médico Legal (IML) apontam, com 100% de certeza, que a ossada é mesmo da menina. Ainda conforme laudo, antes de ser atingida por um tiro na cabeça, Maria Gabriela recebeu um violento golpe que quebrou a coluna cervical da jovem.

Reincidência e violência

Durante a fuga, Daniel ainda teria cometido outros crimes. Em Alpinópolis, Daniel abordou três pessoas que estavam a caminho de uma cachoeira: um casal de 15 anos e uma jovem de 22. Armado, ele roubou os pertences do grupo e obrigou que eles o acompanhassem. Em determinado ponto do trajeto, Daniel utilizou arame farpado para amarrar o rapaz de 15 anos e a jovem de 22 em uma árvore.

O suspeito seguiu até onde tinha montado uma tenda, também em área de mata, e no local, estuprou a adolescente de 15 anos por diversas vezes. Conforme contou Maria Alice, a jovem ficou em poder do investigado das 16 horas até a madrugada do dia seguinte. Após os amigos da vítima conseguirem se soltar, eles procuraram a Polícia, que iniciou as buscas pela adolescente. Ao perceber a aproximação dos policiais, Daniel fugiu, mas foi localizado dias após o crime, tentando vender um celular roubado do trio. Durante depoimento, a vítima contou à Polícia que o tempo inteiro foi ameaçada, sendo que Daniel repetia: "todo estuprador mata".