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21/06/2024    299 visualizações

PCMG participa de evento em Brasília sobre desaparecimento de pessoas

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) participou da 7ª Reunião das Autoridades Centrais de Busca de Pessoas Desaparecidas e o 2º Encontro Técnico da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, realizado em Brasília. O evento teve como objetivo a definição de estratégias para otimizar a investigação e a busca de pessoas desaparecidas em todo o território nacional, além da melhoria no tratamento dos dados referentes a desaparecimento.

Durante participação, a chefe da Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida (DRPD), delegada Ingrid Estevam, apresentou as boas práticas da DRPD, resultado da aplicação de testes da matriz GUT, ferramenta de priorização baseada em três critérios: gravidade, urgência e tendência.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a subnotificação de localização é um dos grandes desafios enfrentados pelos órgãos responsáveis por investigar desaparecimento de pessoas. A subnotificação é a não comunicação da localização da pessoa por parte do solicitante do registro da ocorrência de desaparecimento. Ou seja, atualmente é diagnosticado que o número de pessoas que realmente estão desaparecidas é, de forma positiva, ainda menor que o registrado nas estatísticas.

De acordo com a delegada Ingrid Estevam, Minas Gerais também enfrenta esse problema, diagnosticado em nível nacional. “Mesmo sendo devidamente orientadas, muitas famílias deixam de nos comunicar o retorno dos seus entes. Em nossos atendimentos aos cidadãos, sempre reforçamos a importância dessa comunicação ser feita, para que possamos mapear o desaparecimento com o máximo de precisão possível e, obviamente, traçarmos políticas públicas voltadas para mitigar o problema”, observou.

Alerta Amber

Durante o encontro, também foram apresentados os avanços obtidos nas buscas por pessoas desaparecidas. O principal deles foi a implementação do Alerta Amber em mais dez estados somente no mês de maio. Minas Gerais, Ceará e Distrito Federal são pioneiros do projeto e já estão com os projetos ativos desde 2023. A ferramenta funciona por meio de cooperação entre o MJSP e a empresa Meta (detentora do Facebook, WhatsApp e Instagram) para agilizar o resgate de crianças desaparecidas.

“Quando registramos ocorrências de desaparecimento de crianças e adolescentes, em que há risco de lesão corporal ou morte, comunicamos o MJSP que, em seguida, notifica a Meta. Após análise da empresa, as redes sociais emitem alertas aos usuários com a foto e informações sobre a pessoa desaparecida, em um raio de abrangência de 160 quilômetros de distância do local da ocorrência”, explica Estevam.

Dentro do projeto Alerta Amber, a DRPD, em Belo Horizonte, é considerada ponto focal. Assim, qualquer delegacia de Minas Gerais que registre desaparecimento de criança ou adolescente, considerado grave, deve comunicá-lo à Divisão, que entrará em contato imediatamente com o MJSP, para geração do alerta.